Métodos contraceptivos

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Existem inúmeros métodos para evitar a gravidez e a definição do mais adequado para cada mulher deve considerar seu perfil pessoal, histórico de saúde, necessidades  e preferências individuais. A escolha deve ser sempre orientada pelo ginecologista.
Vale lembrar: é importante se informar e conversar com seu médico para decidirem juntos.
Os métodos contraceptivos podem ser divididos em dois principais grupos, os reversíveis e os definitivos:
Podem, ainda, serem classificados como:

ATENÇÃO!

Todas as substâncias hormonais são medicamentos, portanto, possuem contraindicações e efeitos colaterais bem estabelecidos. A automedicação tem risco grave.
Entre os métodos hormonais existem os combinados, que associam na formulação dois hormônios femininos (um estrogênio e um progestagênio) e os métodos hormonais só de progestagênio.
As recomendações e reações adversas da bula devem ser lidas com atenção.
As contraindicações listadas abaixo são válidas para, praticamente, todos os métodos hormonais combinados:
  • Mulheres fumantes com mais de 35 anos;
  • Histórico de ataque cardíaco (infarto do coração) ou derrame cerebral;
  • Histórico de coágulos em veias profundas nas pernas (trombose venosa), nos pulmões (embolia pulmonar) ou em outras partes do corpo;
  • Diagnóstico ou suspeita de câncer de mama ou do útero, cérvice ou vagina, ou outro tipo de câncer dependente de estrogênios;
  • Sangramento vaginal não esclarecido;
  • Hepatite (inflamação do fígado) ou icterícia durante a gravidez ou durante uso prévio de contraceptivos hormonais;
  • Insuficiência hepática e doença hepatocelular aguda ou crônica com função hepática anormal;
  • Tumor hepático (benigno ou maligno);
  • Gravidez suspeita ou confirmada;
  • Hipertensão arterial (pressão alta) com níveis persistentes de pressão arterial sistólica ≥ 140 mmHg ou pressão diastólica ≥ 90 mmHg;
  • Diabetes com complicações nos rins, olhos, nervos ou vasos sanguíneos;
  • Enxaquecas (dores de cabeça) com sintomas neurológicos;
  • Doença das válvulas do coração com complicações.
Para os métodos só de progestagênio, as principais contraindicações são:
  • Icterícia (cor amarela da pele) ou doença do fígado grave;
  • Câncer dependente de progestagênios;
  • Algum sangramento vaginal de origem desconhecida;
  • Gravidez suspeita ou confirmada.
Métodos Hormonais Combinados
PÍLULA COMBINADA
Característica
O contraceptivo oral combinado (COC), ou simplesmente pílula combinada, contém a combinação de dois hormônios, geralmente um estrogênio e um progestagênio, ambos sintéticos, que impedem a ovulação, modificam o muco cervical e tornam o endométrio inadequado para a subida dos espermatozóides. A escolha da pílula deve ser indicada pelo ginecologista, pois só após uma análise minuciosa do histórico da paciente é possível indicar qual é a mais adequada ao organismo de cada mulher.
A comunidade médica e científica afirma que “não existe a melhor pílula”, existe a “pílula mais adequada para cada mulher”.
Posologia
Dependendo do tipo de pílula, deve ser ingerido um comprimido ao dia durante 21 ou 24 dias com intervalo (pausa) de 7 ou 4 dias de acordo com o tipo da pílula. No caso das pílulas combinadas de uso contínuo, a paciente deve tomar um comprimido por dia, durante os 28 dias seguidos e após o término da cartela, iniciar a cartela seguinte e tomá-la até o final, sem interrupção (sem pausa). A pausa será feita conforme determinação do seu médico.
Eficácia
Tem alta eficácia, em torno de 99%. Com a evolução das pílulas, o método passou a ser utilizado também no tratamento de sintomas como cólicas menstruais, sangramentos irregulares, TPM, endometriose, síndrome dos ovários policísticos, acne e aumento de pelos.  Estudos científicos indicam que a pílula anticoncepcional pode reduzir a incidência de câncer de ovário e de endométrio, doença benigna da mama, desenvolvimento de cistos ovarianos, artrite reumatoide, doença inflamatória pélvica (DIP) e anemia por deficiência de ferro.
Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais mais comuns, são sangramento vaginal, náuseas, dor de cabeça, dor nas mamas, inchaço e alterações de humor
Contraindicações
As pílulas combinadas, independente se o uso é cíclico (com pausa) ou contínuo (sem pausa) apresentam as mesmas contraindicações dos demais métodos hormonais combinados.  Portanto, não devem ser usadas por mulheres com histórico de trombose venosa (trombose venosa profunda ou embolia pulmonar), trombose arterial (infarto do miocárdio ou derrame cerebral), hipertensão arterial, doenças do fígado, dores de cabeça (enxaqueca) com alterações neurológicas, tumores hormônio dependentes e diabetes com complicações, além de fumantes com idade acima de 35 anos.
ANEL VAGINAL
Característica
Dispositivo de silicone transparente e maleável com cinco centímetros de diâmetro com a combinação de dois hormônios – etonogestrel e etinilestradiol. Não interfere na relação sexual.
Posologia
O anel vaginal deve ser inserido no primeiro dia da menstruação e deixado no lugar durante 3 semanas seguidas. Ele libera doses contínuas dos dois hormônios. Depois da terceira semana, deve ser retirado para uma pausa de sete dias sem o anel. Durante esse intervalo sem o anel deverá ocorrer a menstruação. Um novo anel deve ser recolocado após a semana de pausa para continuidade do tratamento.
Eficácia
Tem a mesma eficácia e funciona como as pílulas combinadas. O mesmo anel é mantido dentro da vagina durante 3 semanas seguidas. A liberação dos dois hormônios sexuais femininos que vão para a corrente sanguínea impede a liberação do óvulo pelos ovários. Assim como os outros métodos hormonais combinados, não deve ser usado durante os primeiros seis meses de amamentação. A fertilidade volta com a suspensão do tratamento.
Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais mais comuns nas usuárias do anel vaginal são aumento da secreção vaginal, dor de cabeça, dor nas mamas e alterações de humor
Contraindicações
São as mesmas válidas para todos os métodos hormonais combinados.  Não deve ser usado por mulheres com histórico de trombose venosa (trombose venosa profunda ou embolia pulmonar), trombose arterial (infarto do miocárdio ou derrame cerebral), hipertensão arterial, doenças do fígado, dores de cabeça (enxaqueca) com alterações neurológicas, tumores hormônio dependentes e diabetes com complicações, além de fumantes com idade acima de 35 anos.
ADESIVO TRANSDÉRMICO
Característica
Fórmula com a combinação de dois hormônios – norelgestromina e etinilestradiol.  Os hormônios são absorvidos através da pele e liberados na circulação de forma contínua por sete dias.
Posologia
Este método anticoncepcional utiliza um ciclo de 28 dias (4 semanas). O adesivo deve ser colado na pele e ser trocado semanalmente durante 3 semanas (total de 21 dias), deixando a quarta semana sem adesivo. A menstruação deve ocorrer nesta semana livre de adesivo. Cada novo adesivo deve ser aplicado no mesmo dia da semana e este dia será chamado de “Dia de Troca”.
Local de aplicação
Pode ser colocado em diversas partes do corpo. Não é recomendado na região das mamas, nem em locais em que haja contato direto do corpo com roupas apertadas.
Eficácia
É muito eficaz para prevenção da gravidez de mulheres com peso adequado. Os estudos realizados com o adesivo sugerem que sua eficácia pode estar reduzida em mulheres com peso igual ou acima de 90 kg.
Efeitos colaterais
Apresenta efeitos colaterais como dor mamária, dor de cabeça, náuseas, irritação da pele no local da aplicação
Contraindicações
São as mesmas válidas para todos os métodos hormonais combinados, ou seja, não deve ser usado por mulheres com histórico de trombose venosa (trombose venosa profunda ou embolia pulmonar), trombose arterial (infarto do miocárdio ou derrame cerebral), hipertensão arterial, doenças do fígado, dores de cabeça (enxaqueca) com alterações neurológicas, tumores hormônio dependentes e diabetes com complicações, além de fumantes com idade acima de 35 anos.
INJETÁVEL MENSAL
Características
Tem a combinação de dois hormônios, um estrogênio e um progestagênio.  Existem diferenças nas fórmulas das diferentes marcas disponíveis no mercado. O efeito dura cerca de 30 dias e a aplicação é mensal. O mecanismo baseia-se no bloqueio da ovulação, transformação endometrial e espessamento do muco cervical.
Posologia
A sua aplicação deverá ser realizada em farmácia com apresentação da receita médica. A aplicação da injeção é intramuscular e a primeira dose deve ser entre o primeiro e o quinto dia da menstruação. A segunda dose e as subsequentes devem ocorrer a cada 30 dias ± 3 dias.
Eficácia
Sua eficácia é alta.  Assim como os outros métodos combinados não pode ser usada durante os primeiros seis meses de amamentação. Como em outros métodos, o uso deve ser indicado pelo ginecologista.
Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais mais comuns são sangramento vaginal, dor de cabeça, alteração de humor, dor nas mamas
Contraindicações
Como o anticoncepcional injetável mensal contém uma combinação de dois hormônios femininos (estrogênio e progestagênio), as precauções relacionadas ao seu uso são similares às precauções com o uso de pílulas combinadas. Entre as principais estão mulheres com histórico de trombose venosa (trombose venosa profunda ou embolia pulmonar), trombose arterial (infarto do miocárdio ou derrame cerebral), hipertensão arterial, doenças do fígado, dores de cabeça (enxaqueca) com alterações neurológicas, tumores hormônio dependentes e diabetes com complicações, além de fumantes com idade acima de 35 anos.
Métodos Hormonais só de Progestagênio
IMPLANTE SUBDÉRMICO
Característica
É um método só de progestagênio. Apresentado na forma de um pequeno bastão de plástico que libera o hormônio etonogestrel em baixa dose, porém suficiente para impedir a liberação do óvulo pelo ovário e alterar o muco do colo do útero, o que dificulta a entrada de espermatozoides para dentro do útero. Entre as usuárias, 20% ficam totalmente sem menstruar; 20% inicialmente menstruam normalmente, mas após seis meses menstruam de forma mais espaçada; e 60% passam a ter menor fluxo.
Posologia
A inserção do implante deve ser feita durante os primeiros cinco dias do ciclo menstrual. O efeito anticoncepcional desse método começa logo depois de ser colocado e tem duração de até três anos. Tanto a inserção como a retirada do implante devem ser feitas somente por um médico que esteja familiarizado com essas técnicas.
Local de Aplicação
Com quatro centímetros de comprimento e dois milímetros de diâmetro deve ser inserido embaixo da pele do braço por meio de um aplicador descartável, entre os músculos bíceps e tríceps. O procedimento deve ser feito pelo médico no consultório com uso de anestesia local.
Eficácia
Ao contrário dos métodos hormonais combinados, o implante pode ser usado por mulheres que não podem ou não querem usar estrogênios. Tem alta eficácia e pode ser usado 21 dias após o parto ou aborto e por mulheres que estejam amamentando. Para o retorno da fertilidade deve ser feita a remoção do implante.
Efeitos colaterais
Os principais efeitos colaterais são menstruação irregular ou ausência de menstruação, acne, dor nas mamas, dor de cabeça, alterações de humor, náuseas e dor ou outras complicações no local da inserção.
Contraindicações
Assim como para outros métodos só de progestagênio, as contraindicações incluem icterícia (cor amarela da pele) ou doença do fígado grave; câncer dependente de progestagênios; algum sangramento vaginal de origem desconhecida e gravidez suspeita ou confirmada.
INJETÁVEL TRIMESTRAL
Característica
Diferente do injetável mensal, o injetável trimestral é um método só de progestagênio. Tem na sua formulação o acetato de medroxiprogesterona.  O efeito dura cerca de 3 meses e o retorno a fertilidade pode ser demorado e imprevisível.
Posologia
A sua aplicação deverá ser realizada em farmácia com apresentação da receita médica. A aplicação da injeção é intramuscular e a primeira dose deve ser entre o primeiro e o quinto dia da menstruação. A segunda dose e as subsequentes devem ocorrer em intervalos de 12 a 13 semanas, sendo no máximo a cada 13 semanas (91 dias).
Eficácia
Tem alta eficácia e pode ser usado 21 dias após o parto ou aborto e por mulheres que estejam amamentando. O mecanismo baseia-se no bloqueio da ovulação, transformação endometrial e espessamento do muco cervical. O injetável trimestral pode ser usado por mulheres que não podem ou não querem usar estrogênios.
Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais mais comuns são menstruação irregular ou ausência de menstruação, acne, dor nas mamas, dor de cabeça, alterações de humor, aumento do peso.
Contraindicações
Assim como para outros métodos só de progestagênio, as contraindicações incluem icterícia (cor amarela da pele) ou doença do fígado grave; câncer dependente de progestagênios; algum sangramento vaginal de origem desconhecida e gravidez suspeita ou confirmada.
DIU HORMONAL
Característica
É um dispositivo intrauterino que libera o hormônio levonorgestrel dentro do útero e impede a passagem dos espermatozoides e a fecundação do óvulo. É indicado para prevenção da gravidez, sangramento menstrual excessivo e para proteção do endométrio (camada de revestimento interno do útero) durante terapia de reposição estrogênica na pós menopausa.
Local de aplicação
A inserção dentro do útero deve ser feita pelo médico e, geralmente, é realizada no próprio consultório. Algumas mulheres podem apresentar um desconforto maior e dor forte durante o procedimento de inserção, necessitando de anestesia. Em alguns casos a colocação se faz em ambiente hospitalar. Em menos de 10% das usuárias pode ocorrer expulsão completa ou parcial do DIU. Raramente pode ocorrer perfuração do útero durante o procedimento de inserção.
Eficácia
Tem alta eficácia e é indicado principalmente para quem deseja contracepção de longo prazo (3 a 5 anos). Tende a diminuir a intensidade do fluxo e duração da menstruação. Após seis meses de uso, 44% das usuárias podem parar de menstruar. Quando a paciente decidir engravidar, o dispositivo deve ser removido e a fertilidade retornará em pouco tempo, independentemente do período utilizado.
Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais mais comuns nas usuárias do DIU hormonal são menstruação irregular ou ausência de menstruação, acne, dor nas mamas, dor de cabeça, alterações de humor.
Contraindicações
As contraindicações incluem além daquelas já citadas para os métodos só de progestagênio,  as seguintes condições: doença inflamatória pélvica atual ou recorrente (infecção dos órgãos reprodutores femininos), infecção do trato genital inferior, anormalidade do colo do útero ou do útero, incluindo miomas, se estes causarem deformação da cavidade uterina.
Métodos Comportamentais
COITO INTERROMPIDO
Característica
É um dos métodos contraceptivos mais antigos. É a retirada do pênis da vagina pouco antes da ejaculação.
Eficácia
Possui baixa eficácia, pois depende totalmente do controle do homem em conter a ejaculação. Mesmo com o controle, há o risco de engravidar porque as secreções do pênis na fase de excitação podem conter espermatozoides vivos e possibilidade de fecundação. Além dos altos riscos de falhas, o método tende a tornar a relação sexual insatisfatória e causar frustração para o casal.
TABELINHA
Característica
É um dos mais antigos métodos. Para funcionar é fundamental a mulher ter ciclos menstruais regulares e observar outras características físicas como temperatura corporal e espessura do muco cervical.
Como funciona?
Um ciclo menstrual varia de 25 a 30 dias. No meio desses dias ocorre o período fértil, que é quando o óvulo é liberado pelo ovário e chega nas trompas para seguir até o útero e ser fecundado. Esta fase dura cerca de uma semana e nesses dias é necessário evitar a relação sexual ou utilizar um método de barreira.
Eficácia
É natural, não utiliza ingestão ou aplicação de hormônios e substâncias. No entanto, é de baixa eficácia.  Atualmente existem aplicativos de celular que auxiliam na utilização do método.
Métodos de Barreira
PRESERVATIVO MASCULINO / FEMININO
Característica
Popularmente conhecidos como camisinha, agrega a vantagem de prevenir a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DST).  Existem camisinhas masculinas e femininas. Ambas são de látex ou poliuretano.
Local de aplicação
A camisinha masculina recobre o pênis criando uma barreira de contato com a vagina, retendo assim o esperma durante a fase de excitação e a ejaculação. A camisinha feminina tem a mesma função, no entanto, seu formato é de um tubo com anéis em cada extremidade, sendo um fechado e outro aberto.
Eficácia
Tem 85% a 90% de eficácia na prevenção da gravidez e agrega proteção contra a transmissão de DSTs.
Contraindicações
É indicado e acessível a todas as pessoas e a única contraindicação seria a alergia ao látex, no entanto, existem no mercado produtos com material antialérgico.
DIU DE COBRE
Característica
É um dispositivo plástico, geralmente em forma de T, com um filamento de cobre. Portanto, sem liberação de hormônio. Deve ser inserido dentro do útero pelo médico. Assim como no DIU Hormonal, sua inserção deve ser feita pelo médico e, geralmente, é realizada no próprio consultório. Algumas mulheres podem apresentar um desconforto maior e dor forte durante o procedimento de inserção, necessitando de anestesia. Em alguns casos a colocação se faz em ambiente hospitalar. Em menos de 10% das usuárias pode ocorrer expulsão completa ou parcial do DIU. Raramente pode ocorrer perfuração do útero durante o procedimento de inserção.
Eficácia
Tem alta eficácia, sendo indicado principalmente para mulheres que desejam contracepção de longo prazo (3 a 10 anos).  O grau de efetividade é similar ao da laqueadura.  Quando a paciente decidir engravidar, após a remoção a fertilidade voltará rapidamente, independentemente do tempo utilizado.
Contracepção de Emergência
PÍLULA DO DIA SEGUINTE
Característica
A pílula do dia seguinte, também conhecida por pílula de emergência ou pílula pós-coito é um método contraceptivo de emergência, ou seja, deve ser usado em situações de exceção, para prevenir uma gravidez não planejada resultante de uma relação sexual desprotegida. O contraceptivo de emergência mais utilizado contém levonorgestrel (progestagênio) na dose de 1,5 mg. Está indicada quando nenhum método contraceptivo foi utilizado, esquecimento da tomada de pílula convencional, rotura ou deslizamento do preservativo e vítimas de abuso sexual. Atenção, a pílula do dia seguinte não deve ser usada como método de rotina! É importante lembrar que pílula de emergência não é abortiva, uma vez que age interferindo no processo de ovulação. Ela não interfere numa gestação já estabelecida.
Posologia
A pílula de emergência deve ser tomada, preferencialmente. em dose única, embora exista a possibilidade de ser usada em duas doses com intervalo de 12 horas. Portanto, um comprimido contendo 1,5 mg de levonorgestrel, que deve ser tomado no menor intervalo de tempo possível após a relação sexual desprotegida, preferencialmente, até 72 horas após. No esquema de dose fracionada, os comprimidos (0,75 mg de levonorgestrel) são ingeridos com intervalo de 12 horas entre eles. A dose única simplifica a administração do contraceptivo de emergência, sem promover aumento dos efeitos colaterais, além de eliminar o risco de esquecimento ou retardo na tomada da segunda dose da pílula
Eficácia
A eficácia depende do tempo transcorrido desde a relação sexual até a tomada da pílula do dia seguinte, ou seja, quando tomada até 24 horas após a relação sexual, a eficácia é de 95%, de 25 a 48 horas após a relação sexual, 85% e de 49 a 72 horas após a reação sexual 58%.
Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais mais comuns são náuseas e vômitos que podem ser evitados com o uso de medicações específicas e as alterações no padrão de sangramento. Caso ocorram vômitos até 2 horas após a sua ingestão, a dose deverá ser repetida.
Contraindicações
A pílula do dia seguinte é segura e adequada para todas as mulheres em idade reprodutiva. Devido à natureza de curto prazo de uso desta pílula, não há situações clinicas que tornem o contraceptivo de emergência uma ameaça à saúde da mulher. No geral, a única condição onde o método não deve ser indicado é na suspeita ou confirmação de gravidez. Entretanto, se uma mulher, inadvertidamente, utilizar a pílula do dia seguinte estando grávida, não haverá nenhum efeito nocivo à mãe ou ao feto.
Métodos Definitivos (Cirúrgicos)
ESTERILIZAÇÃO FEMININA (LAQUEADURA)
Característica
Também conhecida como cirurgia de ligação das trompas. É um procedimento de esterilização voluntária e definitiva para mulheres. A cirurgia é simples e consiste na ligadura e secção das trompas, impedindo a passagem do óvulo que poderia ser fecundado pelo espermatozoide. O tempo de recuperação e o tipo de anestesia variam de acordo com a paciente.
Eficácia
É recomendado para mulheres acima de 25 anos, com no mínimo dois filhos e seguras de não desejarem mais engravidar.
Efeitos colaterais
As principais complicações da laqueadura estão relacionadas ao procedimento cirúrgico, como infecção cirúrgica e sangramento. Raramente pode interferir no ciclo menstrual e provocar dor pélvica.
Contraindicações
São em geral de ordem emocional ou de planejamento familiar, como em caso de mulheres ou casais que não estão seguros da sua decisão.
ESTERILIZAÇÃO MASCULINA (VASECTOMIA)
Característica
É um método cirúrgico para homens. Como a laqueadura feminina, é um procedimento de esterilização voluntário e definitivo. A cirurgia é simples, rápida, e realizada sem necessidade de internação e na maioria das vezes com anestesia local. A técnica consiste no corte do canal, localizado no saco escrotal, que permite a passagem dos espermatozoides até as glândulas que produzem o esperma (líquido) masculino. O homem continua ejaculando após a cirurgia, mas sem a presença dos espermatozoides.
Eficácia
A esterilização não é imediata. Uma quantidade de espermatozoides permanece armazenada nos ductos ejaculatórios, parte superior do canal e vesícula. É necessário o homem ter de dez a dezesseis ejaculações para garantir a total eficácia da cirurgia. O médico poderá confirmar a fase em que não haverá mais traços de espermatozoides.  Durante esse período é importante associar outro método contraceptivo.
Efeitos colaterais 
Não provoca efeitos colaterais para o homem, não altera a libido, e não ocorre a perda da sensibilidade no órgão genital.
Contraindicações
São em geral de ordem emocional ou de planejamento familiar, como em caso de homens ou casais que não estão seguros da sua decisão.

Fonte: FEBRASGO