Histeroscopia Diagnóstica: O que é e como é feita
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Histeroscopia Diagnóstica Ambulatorial
Escrito por Dra. Daniela B.F. Quental Diniz
Fonte: cura.com.br
A introdução da técnica por vaginoscopia em 1997 associada ao uso de óticas mais finas e pinças endoscópicas possibilitando a realização de biópsia dirigida em áreas suspeitas, trouxe maior acurácia e reduziu o desconforto antes propiciado. Realizada em regime ambulatorial, sem analgesia ou anestesia, permite imediato retorno às atividades, reduzindo a morbimortalidade e custos de internação.
Sendo da preferência da paciente o do médico o exame pode ser realizado sob sedação.
Indicações mais frequentes:
- Sangramento uterino anormal
- Sangramento pós menopausa
- Infertilidade
- Achados anormais em outros exames (eco endometrial espessado, pólipo e/ou mioma)
- Neoplasia e hiperplasia de colo e endométrio
- Identificação de corpo estranho, DIU
- Malformações uterinas
- Abortamentos de repetição
- Cicatriz hipertrófica de cesariana
- Endometrite
- Adenomiose
- Abortamento e mola hidatiforme
A histeroscopia tem como contra indicações a gestação em curso, a presença de doença inflamatória pélvica aguda e o sangramento em curso volumoso.
Época para realização do exame:
Respeitando a fisiologia do canal endocervical o exame deve ser preferencialmente realizado na primeira metade do ciclo menstrual (do 5º ao 14º dia) quando o orifício interno encontra-se hipotônico facilitando o acesso a cavidade, o endométrio está mais raso permitindo identificação de lesões focais e a presença de gravidez é menos provável. Havendo solicitação do médico assistente o exame poderá eventualmente ser também realizado após esse período.
Como é o exame:
No Clinica Reproduce a técnica utilizada é a mais moderna, a vaginohisteroscopia (“no touch technique”), sem usar espéculo e sem pinçamento do colo com Pozzi deixando a paciente mais confortável, usando soro fisiológico morno para distender a vagina e entrar pelo orifício externo do colo. A pressão do soro entreabre o canal e a ótica (Storz® 2,9mm 30o) é gentilmente introduzida sob visão direta até a cavidade uterina. A visibilização é feita em detalhes, documentada em fotos e havendo necessidade a biópsia é realizada com pinça da área exata que se deseja investigar através de um canal acessório, de forma indolor. O tempo médio do exame é de 5-10 minutos e após seu término a paciente é liberada para suas atividades diárias sem necessidade de repouso. Habitualmente percebe-se uma cólica tipo menstrual durante a realização do exame, leve, que pode ser minimizada com uso prévio de analgésicos oferecidos na recepção 30 minutos antes. Todo o exame é transmitido para um monitor de LCD em tempo real e a paciente é estimulada a assisti-lo enquanto recebe as explicações dos achados.
É comum sangramento por 3 a 5 dias após a realização do exame.
Intercorrências: Em alguns casos o exame se torna insatisfatório, por não ser possível avaliar adequadamente todo o trajeto (desde o colo até a cavidade uterina). Causas mais comuns: menopausa, orifício do colo com alteração anatômica, presença de muco ou sangue no interior do útero.