Endometriose é caracterizada pela presença de células do endométrio, menstruais, fora da cavidade uterina. Estima-se que acomete até 10% das mulheres e é chamada de “doença da mulher moderna”.

Sintomas mais comuns são a infertilidade e a dor que pode ser associada á menstruação ( dor cíclica) ou ocorrer a qualquer momento (dor acíclica ou dor pélvica crônica quando durar mais do que 6 meses).

A dor ao menstruar ou dismenorréia, normalmente leva á limitação das atividades da mulher com faltas ao trabalho/escola e idas ao pronto socorro, tendendo a ter piora progressiva.

A dor pode estar relacionada a sintomas urinários ou intestinais que se agravam no período pré menstrual e menstrual ou ainda ao ato sexual (chamada de dispareunia de profundidade).

O diagnóstico é difícil pois é baseado em relatos e sintomas ás vezes presentes em mulheres sem a doença, e em exames complementares não pedidos nas avaliações ginecológicas de rotina como a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal para endometriose profunda, a ressonância magnética de pelve feminina e um exame pouco específico chamado CA125. Estudos brasileiros apontam que do início dos sintomas até o diagnóstico o tempo gasto é de até 7 anos, então suspeitar da endometriose é o primeiro passo fazer o diagnóstico correto.

O tratamento é individualizado e requer avaliação especializada. Podem ser usados analgésicos, mudanças de hábito de vidacomo dieta e atividade física, suspensão da menstruação ou amenorreia , terapias de reprodução assistida e videolaparoscopia.

A videolaparoscopia é considerada “padrão ouro” para não só o diagnóstico como também o tratamento das lesões endometrióticas. Tem como objetivo a restauração ou preservação da fertilidade, remoção dos focos de endometriose e aderências e permite avaliar a permeabilidade das trompas pela cromotubagem.