Videolaparoscopia é a técnica cirúrgica que permite o acesso à cavidade abdominal e pélvica através da introdução de uma microcâmera pelo umbigo e distensão do abdome com gás carbônico. Por ser minimamente invasiva, permite melhor recuperação , mais rápida e indolor do que a cirurgia tradicional aberta.

É utilizada para diagnóstico em casos de pacientes com dor pélvica crônica, suspeita de endometriose, infertilidade, avaliação da perviedade das tubas por meio da cromotubagem (injeção de azul de metileno pelo colo uterino e visualização da saída desse líquido pelas trompas).

É ferramenta para tratamento em casos de cistos e tumores ovarianos, gravidez ectópica tubária, cistos hemorrágicos ou rotos, doença inflamatória pélvica, endometriose, aderências, obstruções tubárias, miomas subserosos e intramurais, e para a realização de histerectomia (retirada do útero) e laqueadura tubárias.

Realizada sob anestesia geral, normalmente com uma incisão de 1 cm no umbigo para colocação da câmera e duas ou três incisões no abdome inferior para a introdução dos instrumentais cirúrgicos. A cirurgia é realizada com o auxílio de um monitor de TV que permite à equipe realizar grandes cirurgias através de pequenos cortes. O tempo cirúrgico e a permanência hospitalar depende da patologia em questão, normalmente com alta dentro de 24 horas. O desconforto pós-operatório é pequeno com dor abdominal e gases pela distensão da parede abdominal com o gás carbônico, minimizados pelo uso de analgésicos e anti-inflamatórios. Deve-se evitar atividades físicas leves e atividade sexual por 15 dias e exercícios intensos ou que necessitem do uso da musculatura abdominal por 40 dias.